Muita gente tem comparado o Azure com o EC2 da Amazon. Se você olhar de perto vai ver que eles não são parecidos, eles seguem caminhos bem diferentes.
Qual das filosofias vai se provar melhor só o mercado vai dizer. A Microsoft está apostando pesadamente na idéia de que o sistema operacional está na nuvem, ao invés de simplesmente hospedar um servidor ou um banco de dados.
Em entrevista recente, Dave Cutler, do time do Azure, lembra que o Azure é feito de:
- Fabric Controller;
- Armazenamento;
- Ambiente de desenvolvimento integrado e emulado;
- Sistema operacional e virtualização.
Dos 4 itens, ele considera que o primeiro é que traz o diferencial, e que vai tornar o serviço atrativo.
Eu concordo plenamente. Qualquer empresa que se disponha a oferecer computação como se fosse um serviço, deve ser capaz de me dar tanto quanto eu precisar, imediatamente, de maneira segura e confiável. Não quero pedir um servidor a mais e ter que esperar um dia. Ou 4 horas. Aliás, não quero nem pedir, quero entrar numa interface web, clicar num botão e tudo acontece sozinho. Aliás, nem isso, quero que o próprio sistema se ajuste – aumentou a demanda, aumenta a vazão e me manda um SMS.
Eu não preciso ligar na cia de água se vou aumentar meu consumo em determinada semana, eu simplesmente uso a água a mais, e depois pago por ela. Se poder computacional virou commodity, é assim que tem que ser. Qualquer competidor que quiser jogar sério vai ter que jogar nestas novas regras.
Giovanni Bassi
Arquiteto e desenvolvedor, agilista, escalador, provocador. É fundador e CSA da Lambda3. Programa porque gosta. Acredita que pessoas autogerenciadas funcionam melhor e por acreditar que heterarquia é mais eficiente que hierarquia. Foi reconhecido Microsoft MVP há mais de dez anos, dos mais de vinte que atua no mercado. Já palestrou sobre .NET, Rust, microsserviços, JavaScript, TypeScript, Ruby, Node.js, Frontend e Backend, Agile, etc, no Brasil, e no exterior. Liderou grupos de usuários em assuntos como arquitetura de software, Docker, e .NET.