Cheguei agora do TechEd Brasil. Este ano participei do "Ask the experts" como um dos experts, no caso, na mesa de C#/VB/.Net. Foi bom rever um monte de gente que eu não tinha ainda encontrado no primeiro dia. Quase esticamos um happy hour, mas a maioria das pessoas estava bem cansada. Tudo indica que o Happy Hour vai ser amanhã.
O dia hoje foi diferente para cada um, já que não tivemos sessões gerais. Vou dar minhas impressões sobre as palestras que vi e do clima geral.
Comecei o dia com a palestra "Compreendendo e utilizando o SQL Data Services" do Waldemir Cambiucci, arquiteto da Microsoft. Foi bem interessante. Eu mesmo já escrevi sobre o SQL Azure, mas quando ele tinha sido lançado. Muito mudou, e foi bom atualizar. Houve uma pergunta sobre o que o DBA faria para administrar o SQL Azure, eu emendei na pergunta, e questionei ao Waldemir se ainda precisaremos de DBAs para as nuvens. Na minha interpretação da resposta dele, entendo que o DBA como alguns DBAs se enxergam, administradores de servidores, não existirão mais, ao menos para aplicações da nuvem. Mas os arquitetos de dados, especialistas em queries, etc, estes continuarão existindo. E são competências bem diferentes, não é mesmo?
Depois assisti a palestra do Markus Christen, também arquiteto na Microsoft, que falou de Dublin, o novo application server da Microsoft, que vai hospedar, finalmente, serviços WCF. O Markus mostrou as demos de tudo funcionando. O legal é que tudo é gerenciado pelo console do IIS 7. Vejam o grupo "Application Server Extensions for .Net 4.0":
Além disso, ele mostrou várias features de gestão que o Dublin trás. Listagem de serviços:
Listagem de Endpoints:
Visualização de eventos:
E diversas outras funcionalidades que, para quem trabalha com WCF, são o paraíso. Eu já gostava do WCF desde o lançamento, como eu sempre digo, é uma tecnologia que de forma impressionante já nasceu bastante madura, mas realmente faltava um application server. Não falta mais. Em tempo: o Markus disse que em alguns meses devemos ter uma versão para avaliar.
Assisti então a sessão de novidades do .Net 4.0, dada pelo Drew Robbins, developer evangelist da Microsoft. Ele mostrou várias novidades, algumas que já citei aqui, como o Entity Framework 4, novidades do WF e do WCF, novidades de paralelismo:
Novidades de programação dinâmica, com destaque para IronPython e IronRuby:
Falou ainda que é possível submeter solicitações de compatibilidade de aplicações entre o framework 3.5 e 4.0, de graça, para o e-mail [email protected], conforme vocês podem ver na foto abaixo:
Daí fui para a palestra de testes com VSTS 2010, com o Brian Keller, também evangelista da Microsoft, em VSTS. As novidades foram a adição de dois itens significativos, manual tests e coded UI tests:
Eu já havia feito testes com o Beta 1 do Visual 2010, e já tinha avaliado o seus testes manuais e os testes de interface gráfica automatizados, e realmente são uma tecnologia impressionante.
Por fim tivemos o "Ask the experts", onde os especialistas do evento participaram de um bate papo com os congressistas. Eu estava na mesa de C#, junto com os outros especialistas, Francisco Benedicto de Cerqueira Jr, Fabio Vazquez, Alexandre Tarifa, e Alfred Myers. Pelo visto o pessoal se divertiu "pouco", né?
Enfim, segundo dia não decepcionou em nada, manteve um ótimo nível. Estávamos programando um Happy Hour que não aconteceu, e que tudo indica foi adiado para amanhã.
Lembrando que vocês podem acompanhar o TechEd pelo meu Twiter (@giovannibassi), e também pela hashtag #TechEdBrasil.
TechEd é uma experiência incrível. As palestras são só metade do evento, a outra metade é estar lá ao vivo e poder fazer suas pergutas aos profissionais que respiram a tecnologia que estão apresentando, e que por isso conhecem-nas de trás pra frente. Some a isso o networking e a diversão, vale cada segundo.
E por falar em diversão, vou fazer outro post pra falar disso no final do terceiro dia. Devo postar na sexta. Está sendo escrito.
Giovanni Bassi
Arquiteto e desenvolvedor, agilista, escalador, provocador. É fundador e CSA da Lambda3. Programa porque gosta. Acredita que pessoas autogerenciadas funcionam melhor e por acreditar que heterarquia é mais eficiente que hierarquia. Foi reconhecido Microsoft MVP há mais de dez anos, dos mais de vinte que atua no mercado. Já palestrou sobre .NET, Rust, microsserviços, JavaScript, TypeScript, Ruby, Node.js, Frontend e Backend, Agile, etc, no Brasil, e no exterior. Liderou grupos de usuários em assuntos como arquitetura de software, Docker, e .NET.