“We want to make these really elaborate architectures, because we believe that we are solving world hunger when we do so. We are going to build structures that will solve every software problem forever. These tend to go on, and on, and on forever. They are hard to work with, they actually impede the flow of most development. Avoid making the grand architecture in the sky. Anybody here have an enterprise architecture, nailed down by some people that don’t code? This is probably an error in judgment. Not that you don’t want to make enterprise wide decisions but you don’t want to have some massive enterprise architecture created by people who do not have the responsibility to deliver. The people that have the responsibility to deliver are the ones that should be deciding what their architectures ought to be.”
Traduzido:
“Nós queremos fazer essas arquiteturas realmente elaboradas, porque acreditamos que estamos resolvendo a fome mundial quando o fazemos. Nós iremos constuir grandes estruturas que vão resolver os problemas de software para sempre. Estas tendem a sobreviver para sempre. Elas são difíceis de trabalhar, e na verdade impedem o fluxo da maioria dos desenvolvimentos. Evite criar uma grande arquitetura nos céus. Alguém aqui tem uma arquitetura corporativa, criada por algumas pessoas que não codificam? Este é provavelmente um erro de julgamento. Não que você não queira fazer decisões corporativas, mas você não quer ter uma arquitetura corporativa massiva criada por pessoas que não tem responsabilidade sobre a entrega. As pessoas que tem a responsabilidade da entrega são as que deviam estar decidindo como suas arquiteturas devem ser.”
O vídeo da conferência pode ser baixado aqui, junto a inúmeras palestras, em um total de 30 GB de videos. Você pode baixar só o que quiser.
Eu já havia falado o que o uncle Bob está dizendo em outro post. Para não ficar reescrevendo, vejam o que eu disse:
“E onde ficam os frameworks corporativos, os padrões, a reusabilidade no nível da corporação? Muitas empresas fazem esse tipo de framework para ganhar tempo, diminuir a quantidade de código que escrevem, e agora? Este tipo de framework deve surgir quando necessário, e deve ter uma amplitude muito limitada. Acredito que é possível ter um framework corporativo, desde que ele emerja das necessidades reais dos projetos, ou seja, sejam abstraídos a partir de algo real que precisou ser implementado, e que pode ser reutilizado. (…) Estes podem emergir quando necessários, e devem ser feitos seguindo boas práticas, como o open closed principle, para que não se tornem um peso no processo de desenvolvimento, mas sejam uma solução real.”
Então, como criar frameworks corporativos? Ao lado dos desenvolvedores, com o olho pras necessidades reais de desenvolvimento.
Giovanni Bassi
Arquiteto e desenvolvedor, agilista, escalador, provocador. É fundador e CSA da Lambda3. Programa porque gosta. Acredita que pessoas autogerenciadas funcionam melhor e por acreditar que heterarquia é mais eficiente que hierarquia. Foi reconhecido Microsoft MVP há mais de dez anos, dos mais de vinte que atua no mercado. Já palestrou sobre .NET, Rust, microsserviços, JavaScript, TypeScript, Ruby, Node.js, Frontend e Backend, Agile, etc, no Brasil, e no exterior. Liderou grupos de usuários em assuntos como arquitetura de software, Docker, e .NET.