Ok, eu ia reportar o evento ao vivo… mas eu também ia dormir 8 horas por dia. Nenhum dos dois aconteceu. Então o relatório do evento segue agora, alguns dias atrasado, mas nem por isso tão desatualizado.
O evento foi muito bom. Já vi diversos relatos em blogs de amigos e de desconhecidos agora, depois que o evento já aconteceu, e só sucessos. Algumas críticas vieram, mas nada demais, só recomendações para deixar o de 2011 ainda melhor. Trabalhamos intensamente no evento vários meses, e o sucesso é a concretização deste trabalho.
O evento abriu com dois dias de cursos, sendo um de XP, onde fui um dos instrutores, um de CSM, um de CSPO, e outro de coaching. Não estive presente nos outros 3 cursos, mas pelo feedback que recebi também foram muito bons. No de XP tivemos nada menos do que seis instrutores (contando comigo) com vasta experiência e conhecimento. Passamos por toda a teoria, e ainda tivemos exercícios práticos e muitas dúvidas resolvidas. Dava pra ter feito 2 dias de curso tranquilamente, e aprofundado mais em alguns assuntos. Na verdade, dava pra fazer 1 semana numa boa, de tanto conteúdo que nós 6 tinhamos pra falar. Considerando que os 6 eram também palestrantes do evento e membros da organização, ou seja, todos adoram falar, nos saímos muito bem, e a dinâmica do curso foi ótima. Com os três cursos somamos mais de cem pessoas.
Algumas fotos (clique para ampliar):
Dúvidas dos alunos para resolver e horário:
Coffee-break:
Times praticando:
Pareando a três:
Parte da turma:
Curso de CSM:
Curso de CSPO:
À noite saímos pra jantar, foi muito legal. Aqui vocês vêem parte dos instrutores e comissão do evento:
No segundo dia do evento, outro jantar, dessa vez bem mais cheio. Muita gente já tinha chegado para participar do evento. A mesa deve ter batido quase 100 pessoas:
Em Porto Alegre é comum esse licor, servido em cascata. Novamente tomamos neste restaurante. Quem foi que disse que agilista não gosta de cascata?
No terceiro dia do evento abrimos com as palestras, onde quase 900 pessoas participaram. A abertura foi feita pelo Martin Fowler, e foi como a apresentação de um Rock Star. O Fowler é engraçado, ele ficou disponível o evento todo no estande da Thoughtworks, empresa que trabalha que também patrocionou o evento e estava lá, mas não tirava foto com ninguém porque dizia que ia parecer um político. Eu já tinha ouvido essas histórias, é engraçado ver que as idiossincrasias afetam todos. A palestra foi ótima, foi na verdade 3 palestras em 1, onde ele abordou, entre outros assuntos, o Scrum Flácido e o débito técnico. Isso foi muito legal, porque foi o Scrum flácido que inspirou a criação do programa Professional Scrum Developer da Scrum.org. Várias outras palestras no evento se relacionaram com a do Fowler, o que foi ótimo.
Fowler palestrando:
Auditório lotado:
Um telão reportou o evento ao vivo no twitter:
Isso foi ótimo porque dava pra ver na hora o que o pessoal estava pensando, além de estimular o pessoal a dar feedback.
Esta é a área onde ficavam os patrocinadores, aqui vocês me vêem ao lado da grade:
Aqui uma visão melhor, em um momento em que não estava tão cheio:
O evento seguiu o resto do dia com break-out sessions, e bastante movimento no open space, com diversas discussões:
Tivemos um workshop com o Philippe Kruchten de Release Planning Game, onde de Mariana Bravo, Samuel Crescêncio, Teresa Maciel e eu servimos de facilitadores, ao lado do Philippe:
Achei o workshop muito legal, principalmente para quem está começando. É um jogo, onde as pessoas conseguem ter uma visão clara sobre débito técnico, planejamento iterativo, entre outros conceitos.
A Microsoft palestrou também. O Igor Abade foi o responsável por mostrar que a Microsoft está abraçando a ideia de apoiar processo ágeis. O Igor parecia apreensivo com a palestra, mas foi muito bem recebido e a sala estava bem cheia, ainda mais se considerar que palestras de patrocinador não costumam ter muita gente:
Eu estava particularmente podre. Como fazia parte da organização estava dormindo muito pouco, e eu já vinha de uma semana fora de casa, ministrando o Professional Scrum Developer em BH, e também dormindo pouco por lá. Na quinta atingi meu limite, estava exausto e com dor de cabeça. E no fim do dia tinha minha palestra. A adrenalina da palestra me reanimou, e apresentei a palestra com toda a energia:
Mas depois eu quase desmaiei.
Mentira, depois fomos para o John Bull, um bar de Porto Alegre onde estava rolando um Rock, para a festa do evento. Mas não consegui acompanhar o resto do pessoal, que esticou madrugada adentro. Eu estava quase morto, voltei pro hotel para descansar. Descansei tanto que perdi o keynote do Philippe Kruchten, cheguei lá para o jogo do Brasil, que todos já sabem, era melhor não ter assistido. Perdemos um slot de palestra, mas imaginem se o Brasil tivesse ido bem? Seríamos crucificados por termos ignorado o jogo. Fazer o que?
A sexta seguiu com mais palestras e no final um keynote que foi um fechamento excepcional! O Klaus Wuestefeld, um dos pioreiros da agilidade no país apresentou sua visão sobre o futuro do XP, onde ele praticamente desconstruiu o XP todo, e criou o Klaus Process, o KP, onde somente dois valores importam: Learning e Coolness. Fui uma palestra muito boa, e serviu para dar uma ótima visão sobre para onde estamos indo. Pode ser que não seja exatamente onde o Klaus espera que seja, mas ele ajudou a abrir os horizontes:
Na sexta tivemos um jantar da organização e alguns amigos, que eu não fotografei porque merecia descansar da câmera um pouco. Depois publico as outras fotos.
Gostei do evento e provavelmente estarei na organização da edição do ano que vem. Vamos ver. Foi ótimo dar rostos aos membros da organização, já que eu só conhecia pessoalmente um ou outro. Aproximar-me de pessoas como o Samuel Crescêncio, Rodrigo de Toledo, Paulo Caroli, entre outros, é algo sem preço.
Aqui o time todo da organização reunida para foto histórica:
Acreditem se quiserem, nossa primeira reunião presencial se deu na segunda-feira, um dia antes do evento. Toda a coordenação foi remota. Quem disse que times ágeis obrigatoriamente tem que estar colocados?
Valeu pessoal!
Giovanni Bassi
Arquiteto e desenvolvedor, agilista, escalador, provocador. É fundador e CSA da Lambda3. Programa porque gosta. Acredita que pessoas autogerenciadas funcionam melhor e por acreditar que heterarquia é mais eficiente que hierarquia. Foi reconhecido Microsoft MVP há mais de dez anos, dos mais de vinte que atua no mercado. Já palestrou sobre .NET, Rust, microsserviços, JavaScript, TypeScript, Ruby, Node.js, Frontend e Backend, Agile, etc, no Brasil, e no exterior. Liderou grupos de usuários em assuntos como arquitetura de software, Docker, e .NET.