Se você leu meu último post sobre Private Builds, deve ter notado uma semelhança com a funcionalidade de Gated Check-in.
Para aqueles que não sabem o que é um Gated Check-in, vai aí um resumo de um post que fiz sobre o assunto:
O problema da solução apresentada acima [NA: Uso de Integração Contínua], baseada apenas no servidor de build, é que o check-in precisa ser feito antes de ser validado. Ou seja, em caso de problemas eu necessariamente terei que desfazer manualmente as alterações que quebraram o build. O ideal seria que eu pudesse disparar o buid antes do check-in, só efetivando a alteração no controle de versão se tudo corresse bem. É justamente disso que trata o conceito de gated check-in: As operações de check-in são interceptadas (geralmente usando shelvesets) e redirecionadas para um servidor de build especial. Esse servidor combina o código-fonte que já existe no TFS com as alterações que acabaram de vir do desenvolvedor. Se tudo correr bem, só então é que o check-in será consumado.
Reparou na parte que diz que o TFS “combina o código-fonte que já existe no TFS com as alterações que acabaram de vir do desenvolvedor”? É exatamente isso que faz o Private Build, certo?
Logo, podemos dizer que Private Build e Gated Check-in são a mesma coisa? Bem, quase.
Private Build e Gated Check-in são baseados na mesma infraestrutura que permite a execução de builds baseados em shelvesets. A diferença é o gatilho: enquanto o Private Build é opcional e disparado sob demanda pelo desenvolvedor, o Gated Check-in é obrigatório e disparado no check-in.
Qual é o melhor? Private Build ou Gated Check-in?
Não sei se dá para ser tão simplista assim. Neste caso não há melhor ou pior.
Temos clientes que preferem a segurança do Gated Check-in. Ele reduz drasticamente o risco de quebras no build. Entretanto, ele torna o processo de check-in mais burocrático e lento. Times mais maduros acabam sendo “atrapalhados” pelo Gated Check-in.
Minha opinião pessoal? Use Gated Check-in na branch de desenvolvimento APENAS SE O TIME AINDA NÃO FOR MADURO. Em todos os outros casos, confie no bom-senso do time. Eles usarão o Private Build sempre que necessário.
Um abraço,
Igor
Igor Abade
Igor Abade V. Leite ([email protected]) é Microsoft MVP (Most Valuable Professional) de Visual Studio ALM desde 2006. Palestrante em diversos eventos da comunidade de desenvolvimento de software (TechEd Brasil, The Developers’ Conference, DevOps Summit Brasil, Agile Brazil, Visual Studio Summit, QCON e outros), é também autor de artigos em revistas e sites como o MSDN Brasil. Desde março de 2011 é um dos sócios da Lambda3, uma consultoria especializada em ALM, desenvolvimento de software e treinamentos. Siga-o no Twitter @igorabade.