E aí pessoal, tudo bem?
Hoje vamos falar sobre o que entendemos por agilidade aqui na Lambda3. A melhor forma de começar este artigo é mencionando o manifesto ágil, não é mesmo?
Por isso, quero falar rapidamente sobre seus quatro valores.
4 valores do Manifesto Ágil
- “Indivíduos e interações” mais que processos e ferramentas
O que mais valorizamos dentro do nosso ambiente de trabalho são as pessoas. Independentemente de qualquer coisa, são elas que fazem o negócio acontecer. Por isso, relacionamento, empatia, aproximação, entre outros aspectos pessoais são tão valiosos pra gente. Entendemos que ao lidar com pessoas, não existe outra abordagem a não ser criarmos um ambiente seguro e compreensivo.
- “Software em funcionamento” mais que documentação abrangente.
Este é um tema polêmico que vivemos no âmbito da agilidade, porém aqui na Lambda3, consideramos que software em funcionamento é nossa medida de progresso. Para nós, não faz sentido termos documentação abrangente, enquanto o usuário não está utilizando os incrementos produzidos e dando feedback constante para evolução do produto/serviço.
Lembrando que não desvalorizamos a documentação em si, mas apenas a documentação abrangente (desnecessária).
- “Colaboração com o cliente” mais que negociação de contrato.
Certa vez um professor que tive, mencionou uma frase da qual nunca vou esquecer: “a partir do momento que o contrato é levantado, é sinal de que houve quebra de confiança no nosso relacionamento”. Documentos não são armas, então entendemos que o cliente é nosso aliado e não nosso inimigo.
- “Responder as mudanças” mais que seguir um plano.
Não é incomum as pessoas se apegarem ao seu código e se sentirem reticentes a qualquer mudança. O que buscamos deixar claro é que isso não é necessário, pois as coisas mudam a todo tempo e isso é positivo. Por várias vezes precisaremos recalcular a rota, portanto não faz sentido repelir as mudanças, mas sim encontrar um meio de fazer com que elas joguem ao nosso favor.
Depois desse breve resumo sobre os valores do Manifesto Ágil, vamos retomar o tema principalmente deste artigo, o que é agilidade na Lambda3?
Vamos começar falando de framework
Framework é agilidade? A resposta é… nããão, rs.
Framework é um conjunto específico de regras, idéias ou crenças que você usa para lidar com problemas ou o que fazer.
Estudos comprovam que métodos ágeis aumentam nossa produtividade entre 7 a 12%, e métodos ágeis escalados aumentam em 3 a 5%, ou seja, métodos ágeis não são uma bala de prata que resolvem todos os problemas.
Trouxe essas estatísticas para te fazer a seguinte pergunta: Você acha que a Tesla, SpaceX, Google, e outras gigantes mundiais trabalham com Scrum, Kanban, de maneira engessado? Você acha que elas consideram o “arroz com feijão” desses frameworks como o ápice da agilidade no negócio?
Aposto que não! Não sei você, mas eu não consigo imaginar uma planning com demandas de um projeto que manda foguetes para o espaço como se fossem ubers andando por aí, rs.
Agilidade vai muito além de frameworks, agilidade é cultura, é uma forma de pensar, forma de trabalho…
A agilidade acontece da seguinte maneira:
- Identificamos o problema;
- Identificamos potenciais soluções;
- Testamos as soluções;
- Avaliamos a eficácia;
- Adotamos o que funciona OU abandonados ou que não funcionou;
- Compartilhamos conhecimento;
A agilidade está muito mais ligada a esse ciclo de experimentação, do que ao invés de frameworks e acontece num processo constante de melhoria. É sobre descobrir na prática o que funciona para nossa organização, independente da área.
Em resumo, podemos definir a agilidade em três pontos, sendo:
- Observar (profundamente);
- Pensar (criticamente);
- Experimentar (para aprender);
Por fim, reforço que, ao invés de se apegar à um framework, tenha como norte a experimentação. Não deveríamos buscar a excelência em um framework e sim buscar o melhor resultado dentro do contexto que estamos.
A agilidade está muito mais ligada à forma de pensar e agir, do que métodos e práticas em si.
E aí, o que você achou deste artigo?
Compartilhe sua opinião conosco e vamos trocar ideia sobre o tema.
Paulo Figueiredo