A arquitetura de microsserviços, nos últimos anos, tem se tornado realidade nas organizações e, no futuro, é possível que os sistemas tenham a necessidade de incorporarem suas práticas e constantes atualizações. No entanto, além de entender quais são os impactos trazidos por esse conceito tecnológico, é importante saber também os desafios.
É impossível utilizar microsserviços sem pensar em skill, disciplina e uma cultura de DevOps. Imaginemos, por exemplo, as plataformas de serviços de streaming. Supondo que elas detectem problemas, não será necessário parar o sistema inteiro para fazer uma atualização, pois tudo está descentralizado. Isso reflete não somente nos times que trabalham para assegurar a qualidade da tecnologia oferecida, mas também no usuário final, que está ouvindo a sua música ou assistindo seu filme ou série preferida sem interrupções. No entanto, o cenário seria diferente em se tratando de sistemas monolíticos, uma vez que as atualizações e correções da plataforma podem tirar o sistema do ar. Além disso, sem uma cultura de DevOps e automatização, realizar esse tipo de procedimento manualmente é praticamente inviável dentro de um time tradicional de infraestrutura e tecnologia.
Entre os principais impactos positivos proporcionados pela arquitetura de microsserviços, estão o ganho em escalabilidade, custo, volume, performance, modernização e expansão do negócio. Além disso, ela consegue viabilizar múltiplos times trabalhando no sistema, reduzindo a dependência de equipes muito grandes, otimizando as organizações dos times e do atendimento do negócio, dando assim, mais liberdade na maneira como as empresas de tecnologia escalam.
Do ponto de vista mercadológico, há uma ampla variedade de segmentos voltando suas atenções aos microsserviços e as empresas já passam a enxergar que dificilmente a inovação caminhará sem esta arquitetura.
E o que acontecerá quando essa realidade se tornar rotina para a competitividade de mercado e para a vida do consumidor final? Se uma empresa visa a atuação em um universo extremamente competitivo e de crescimento exponencial, é imprescindível que ela enxergue uma arquitetura de microsserviços como alternativa viável para o apoio à transformação do seu negócio.
Giovanni Bassi
Arquiteto e desenvolvedor, agilista, escalador, provocador. É fundador e CSA da Lambda3. Programa porque gosta. Acredita que pessoas autogerenciadas funcionam melhor e por acreditar que heterarquia é mais eficiente que hierarquia. Foi reconhecido Microsoft MVP há mais de dez anos, dos mais de vinte que atua no mercado. Já palestrou sobre .NET, Rust, microsserviços, JavaScript, TypeScript, Ruby, Node.js, Frontend e Backend, Agile, etc, no Brasil, e no exterior. Liderou grupos de usuários em assuntos como arquitetura de software, Docker, e .NET.