Na Lambda3 gostamos de gente, algo que é intrínseco em nosso DNA e ponto central em nossas decisões. Por isso, a diversidade cultural tem um destaque na construção e reinvenção contínua da empresa, ainda mais em um país continental como o Brasil. Trazer pessoas com bagagens e perfis culturais diversificados, de variadas referências familiares, de trabalho e de vida, é um pilar valioso de nosso modelo de negócio. O choque cultural provoca, instiga e movimenta.
Muito se fala do grande caldeirão cultural e de oportunidades que é São Paulo, onde está nossa base. Mas até que ponto essa bagagem é realmente valorizada? Nossa intenção é desconstruir o estigma de que a capital paulista é apenas uma cidade onde se pode encontrar emprego e mostrar que existe um ecossistema empresarial em que é possível receber apoio e saber que sua cultura será preservada e usada em todo seu potencial para gerar valor para algo maior.
Essa discriminação é muito praticada em relação a costumes, vestimentas, maneiras de viver e até o próprio sotaque, elemento muito importante na identidade de cada pessoa. O respeito a esse último aspecto, inclusive, é reforçado continuamente no dia a dia da empresa, desde o processo seletivo e o onboarding, sendo inaceitável qualquer tipo de piada pejorativa.
Nossa intenção é desconstruir o estigma de que a capital paulista é apenas uma cidade onde se pode encontrar emprego e mostrar que existe um ecossistema empresarial em que é possível receber apoio e saber que sua cultura será preservada e usada em todo seu potencial para gerar valor para algo maior.
Há aproximadamente dois anos e meio, percebemos que apenas 20% das pessoas colaboradoras eram de fora da cidade. A partir desse diagnóstico, decidimos revisar e reforçar nossas ações para incluir cada vez mais pessoas de outros estados do Brasil. Essas iniciativas sempre foram baseadas no fator humano, no cuidado e na atenção as novas pessoas talentosas que chegavam até nós, realizando tudo de forma colaborativa.
Por exemplo, criamos grupos que uniam nossa base já consolidada com as futuras pessoas colaboradoras que vinham realizar entrevistas na capital paulista, a fim de oferecer dicas e ajudar em questões como estadia, funcionamento do transporte público e indicar lavanderias, supermercados e restaurantes. Com o tempo, além das que de fato se mudaram para São Paulo, integramos pessoas que continuam em sua cidade-natal, trabalhando de forma remota.
Hoje, das 107 pessoas colaboradoras, 48 são de fora da capital paulista, ou 45% do total de nossa base, atuando em diferentes áreas, como dados, marketing e financeiro. São pessoas talentosas de 16 estados brasileiros: São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santos, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Pará, Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe e Maranhão. Além disso, saímos do continente e integramos uma pessoa da África.
Trazendo a discussão para o setor de tecnologia em que atuamos, já faz bastante tempo que São Paulo não está isolada como formadora de pessoas talentosas voltadas para Sistemas da Informação, Análise de Sistemas ou qualquer outro campo relacionado. Recife transformou-se em um pólo imenso de pessoas qualificadas do setor ao longo da última década. Assim como Cuiabá (MT) e outras cidades do Pará, de Minas Gerais e da região Sul. A tecnologia não tem fronteiras, ela é para todos todas as pessoas.
Isso foi reforçado com a pandemia de Covid-19, que colocou o digital no centro das agendas corporativas. O isolamento e o home office tornaram a adaptabilidade a cenários repentinos uma habilidade imprescindível para os negócios. E apesar das dificuldades, o contato com as nossas pessoas colaboradoras de diferentes localidades foi facilitado, já que todo mundo passou a trabalhar remotamente.
Como mostra o contexto atual, esse movimento deve continuar no pós-pandemia, com jornadas de trabalho híbridas e deve aumentar o desejo das pessoas de mudarem de cidade ou país. Portanto, é inevitável o cruzamento de culturas. Para nós, da Lambda3, esse movimento é positivo e muito valioso. Queremos trilhar nossa jornada cada vez mais nessa direção, até completar o mapa do Brasil, desvendando o que há na mochila de cada pessoa.
Patricia Kost