O grande diferencial da Lambda3 são as pessoas. Ao longo desses 11 anos de história conseguimos demonstrar de forma prática o cuidado genuíno com todas elas, que só é possível por sempre estarmos dispostos a aprender, ouvir, trocar experiências e preservar quem faz parte do nosso time.
É importante reforçarmos este contexto, pois a diversidade também é parte da nossa essência como empresa. O nosso Podcast – Diversidade PCD recebeu pessoas incríveis para compartilharem um pouco suas experiências e informações sobre como é ser uma pessoa com deficiência – que muitas vezes é percebida de forma limitada, sem orientação e cuidado.
Na ocasião, ouvimos experiências e situações cotidianas de PCDs desde a escola, passando pela universidade e o mercado de trabalho, que ainda têm muito a evoluir quanto a ações voltadas à acessibilidade. O tema é importante pois falar sobre inclusão e diversidade deve sempre ser algo para priorizar o ser humano.
Erros culturais
A começar pela nomenclatura, a desinformação faz parte do retrato social. No lugar de “pessoas com deficiência” ainda há quem confunda o termo com “portadores de deficiência”. Sem contar os termos pejorativos que, lamentavelmente, também são difundidos nos dias de hoje.
Atualmente, não é incomum encontrar ambientes onde PCDs são tratadas pela sua condição. Em algum momento da vida, já ouvimos dentro de companhias frases como “fale com o PCD”. Aqui vale a reflexão: seria essa uma forma cuidadosa e respeitosa para lidar com colegas de profissão? Afinal, é a pessoa que tem deficiência e não a deficiência que tem a pessoa. Portanto, o correto é sempre chamá-la ou indicá-la pelo nome.
Diálogo é primordial
Para mudarmos esse cenário, precisamos revisitar algumas atitudes desde a escola. Esse deve ser o primeiro ambiente de todo ser humano a abordar essa discussão, é o local onde deve-se ensinar, por exemplo, que falar que alguém é autista de forma pejorativa ou excluir pessoas com deficiência dos grupos é errado.
Nesta fase da vida o diálogo é importante para que crianças e adolescentes entendam e permitam a inclusão, pois são condutas erradas de outras pessoas que ajudam a diminuir a ida de PCDs ao ensino superior e, consequentemente, reduzem as possibilidades de atuação no mercado de trabalho. E esses são só alguns desafios.
Além disso, quando conquistam seu espaço na formação acadêmica e no mercado, as pessoas com deficiência precisam lidar com o capacitismo e a falta de oportunidades em atividades que possibilitem crescimento e evolução no mundo corporativo.
E por que isso acontece?
Em muitas ocasiões, profissionais sem deficiência acreditam que PCDs não realizam seu trabalho da mesma maneira, enxergando-as somente como pessoas capazes de assumirem funções básicas.
Deste modo, o time de recrutamento deve verificar quais são as dores de pessoas com deficiência, qual ambiente elas encontrarão ao ingressar na organização e como é o preparo de demais profissionais para as interações cotidianas.
Muito além de falar, é necessário agir. Só vamos conseguir oferecer um melhor lugar para se viver na sociedade se temas como PCD – entender o conceito, o histórico das siglas, as explicações – fizerem parte das nossas discussões e conversas rotineiras.
Patricia Kost